PALESTRAS


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Resumo: A partir da vida e da obra do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, José Saramago, pretendo abordar a construção do seu livro: Don Giovanni ou o dissoluto absolvido, publicado no Brasil em 2005. O livro corresponde ao libreto escrito para a ópera de um ato do compositor italiano Azio Corghi, recentemente falecido. O libreto é a estrutura dramática em torno do qual a música do compositor irá se estabelecer. O texto de Saramago tem uma relação muito forte com o de Lorenzo da Ponte, o libretista de Wolfgang Amadeus Mozart. E uma relação muito densa com a própria ópera de Mozart: Il Dissoluto Punito Ossia Il Don Giovanni. Discuto então os elementos presentes da obra do compositor austríaco e comento como Saramago os subverteu. Na narrativa pós-moderna, alguns teóricos, como Linda Hutcheon apresentam a chamada "metaficção historiográfica". No entanto, em relação ao libreto operístico ou mesmo em relação ao teatro e ao texto dramático, nunca se falou em metaficção historiográfica, ainda que o propósito de Saramago em Don Giovanni ou o dissoluto absolvido passe por subverter o texto de da Ponte. Também comento sobre a aplicação do conceito de "dispositivo", segundo Foucault e Agamben, na ótica de Saramago em relação ao leporello. É um olhar sobre mais uma faceta de José Saramago.

Prof. Me. Adriano Guedes Carneiro 

Data e horário: Dia 15 de Julho às 09 horas (horário de Brasília) - ONLINE

Breve currículo: Doutorando em Literatura Comparada, subárea Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, pela CAPES/UFF, em 2023. Mestre em Estudos Literários, subárea de Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, pela CAPES/UFF, em 2021. Licenciado em Letras (Português-Literatura), pela UFF, em 2017. Integrante da ABRALIC (Associação Brasileira de Literatura Comparada), da ABRAPLIP (Associação Brasileira dos Professores de Literatura Portuguesa) e da ABRE (Associação Brasileira de Estética). Publicou em diversos periódicos científicos nacionais e internacionais. Autor de diversos capítulos de livros e recentemente fez parte da publicação da PUC-Minas "Saramago, perturbar a ordem e corrigir o destino".

Link para o Lattes: https://wwws.cnpq.br/7935082458653010


Resumo: Esta palestra se propõe a visitar a poética de José Saramago, visando sublinhar a forma como seus romances desenvolvem as temáticas que usam como leitmotiv. Nosso recorte se concentra, sobretudo, nos assuntos voltados para o passado, sejam eles míticos ou históricos. Ao elegermos esses objetos novelísticos como centro da nossa atenção, temos em mente, por certo, uma parte muito significativa da ficção de Saramago: seus enredos voltados para o imaginário bíblico e seu grande apego a problematizar a identidade lusa, tão afeiçoada à grandeza pretérita do país, independentemente das tramas históricas, sociais ou intimistas que suas narrativas vão urdir. Essa escolha advém do nosso entendimento acerca de um projeto literário do autor no qual, por meio de seus romances, ele deseja lançar novas perspectivas acerca do temário que desenvolve. Ao asseverarmos isso, trazemos à tela os anacronismos, a crítica cética às instituições e aos episódios bíblicos, a desmitificação de episódios e figuras do passado lusitano e, dentre tantos outros aspectos, o protagonismo dado, por suas histórias, às versões populares e às pessoas do povo. Realçamos, nesse viés, o nítido destaque que assume, no aludido plano artístico, o típico narrador saramaguiano: com sua voz intrusa, com sua posição temporal marcada na contemporaneidade, com sua visão política esquerdista e com sua elocução coloquial. Para sustentarmos nossas leituras, por fim, recorreremos à fortuna crítica sobre o escritor e a um arcabouço teórico bastante plural, voltado para a narratologia, para a História, para a teologia e para a filosofia. 

Prof. Dr. Diego Cirne

Data e horário: Dia 15 de Julho às 09 horas (horário de Brasília) - PRESENCIAL  - AUDITÓRIO  411 - CCHLA - UFPB - CAMPUS I

Breve currículo: Doutor e Mestre em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Letras, com ênfase na pesquisa em Literatura, principalmente nos seguintes temas, relacionados ao campo Literatura, Teoria e Crítica: literatura e sociedade, narratologia e crítica dos romances de José Saramago. Também é professor de Literatura e Língua Portuguesa do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, onde atua no ensino, na pesquisa e na extensão.


Resumo: José Saramago nasceu na Azinhaga, uma pequena aldeia ribatejana, em 1922, vindo a falecer no decurso dos exames nacionais do 12° ano, em 2010, cuja matéria passava também pelo estudo da sua obra.

Apesar de ter crescido numa casa sem livros, desde cedo se apaixonou por eles. Autor de uma extensa obra, recebeu o Prémio Camões em 1995 e, três anos depois, o Prémio Nobel.

A presente proposta não é um estudo comparado, nem uma crítica literária. É, simplesmente, a sensibilidade de um autor sobre outro. Onde os seus caminhos se cruzam, chocam e fundem literária e pessoalmente. É uma incursão pela História recente de Portugal e como esta influenciou o artista... Ou como o artista soube influenciá-la a ela. Na verdade, é, sobretudo, uma recolha de testemunhos, uma discussão, para que se faça refletir o verdadeiro espírito saramaguiano.

Prof. Me. Pedro Albuquerque 

Data e horário: Dia 15 de Julho às 16 horas (horário de Brasília) e 20 horas (horário de Portugal Continental) - ONLINE

Breve currículo: Pedro Albuquerque nasceu em Aveiro em 1992 e, desde cedo, mostrou apetência para as artes. Antes de escrever já ditava seus textos e, aos 6 anos, com a entrada na escola, descobriu a poesia e a declamação. Mestre em Engenharia e Design de Produto, trabalhou vários anos na área até se virar para dentro e não mais largar os livros.

A pandemia de 2020 foi a desculpa (im)perfeita para se focar inteiramente na escrita e em 2022 lançou o seu primeiro livro: "ExTratos Dramáticos" como compêndio de poesia, prosas poéticas e crónicas que havia escrito quase dez anos antes. Com prefácio de Pedro Branco e homenagens a Sophia de Mello Breyner, José Mário Branco e Caetano Veloso, o livro é, em parte, uma crítica à sociedade de hoje e reforça a necessidade de preservarmos aquilo que de bom recebemos.

Depois de iniciar uma digressão nacional de apresentação do livro - que contou com a participação de artistas como Pedro Branco, O Marta, Paco Nabarro ou Ana Rita Marreiros, encerrou o Jornal 2 da RTP, ganhou o último prémio de poesia de São João da Madeira - "Poesia na Corda", gravou uma extensa reportagem para a Camões TV (Canadá), foi um dos quatro nomeados para o prémio "Livro de Poesia do Ano" (Editora Cordel D' Prata - num universo de mais de 50 obras) e marcou presença no programa "Histórias que devem ser contadas" da Record TV (Brasil).

Recentemente, tem participado em eventos como a Feira do Livro de Lisboa e sido declamado em locais como o Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra) ou a Associação Cultural Macaréu (Porto). Tem, igualmente, sido convidado a dar palestras em escolas secundárias e universidades. É exemplo a palestra no congresso internacional: "A infância seus espectros e espectadores – a aventura dos pequenos nas cartilhas da Literatura" para alunos de literatura da Universidade Federal de Paraíba (Brasil).

A par com os livros, tem publicações em antologias, em jornais e em revistas nacionais e internacionais como a "Folhas, Letras & Outros Ofícios", "[Sem] Equívocos" ou a "Revista Sucuru" e é curador das colunas "POEMA-PONTE" - revista "Geração de 20" e "Poesia Itinerante" - revista "Brasilis", onde publica poetas luso-brasileiros emergentes.

Encontra-se a terminar o próximo livro.


Resumo: A atitude, que José Saramago assumiu desde cedo, de dramaturgo ocasional e de desprendimento em relação às suas peças não deixou certamente de ter algum ou muito impacto na indiferença da crítica literária e na crítica de teatro. Acredito que essa atitude distanciada de Saramago também se tem repercutido no modo como alguma crítica tem vindo a avaliar negativamente a dramaturgia saramaguiana.

Proponho, nesta intervenção, em diálogo com a crítica especializada que se tem ocupado da dramaturgia do autor, uma releitura da primeira peça teatral de José Saramago. Insistirei no realismo direto que o escritor quis incutir à sua primeira incursão na dramaturgia. Para isso, ocupar-me-ei em especial da língua, do estilo e da ideologia de A Noite.

Prof. Doutor Carlos Nogueira

Data e horário: Dia 16 de Julho às 9h, horário de Brasília (13h horário em Portugal) - ONLINE

Breve currículo: Professor da Universidade de Vigo (Espanha). Titular da Cátedra José Saramago da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Portugal).

O seu trabalho docente e de investigação tem-se centrado especialmente nas relações entre a Literatura, a Filosofia, a Política e o Direito. Tem publicado livros de ensaio em editoras como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Imprensa Nacional – Casa da Moeda, a Porto Editora, as Edições Europa-América, as Edições Lusitânia, a Livraria Lello e a Tinta da China.

Recebeu o Prémio Santander de Internacionalização da Produção Científica da FCSH / Universidade Nova de Lisboa (2011, 2012, 2013, 2014), o Prémio Montepio de Ensaio (2012, 2013 e 2014), o Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho (2019) e o Prémio de Ensaio Vergílio Ferreira (2022).


Resumo: O fascismo como forma emblemática do estado de exceção ditatorial foi um fenômeno político, econômico, social e cultural que marcou profundamente o "breve século XX", a "era dos extremos" do continente europeu e apresenta desdobramentos de complexa caracterização ainda na contemporaneidade, com marcas profundas nas sociedades sobrevindas. Já o romance histórico de matriz lusitana, da época romântica à atualidade, mimetiza, em diversas produções literárias, os primórdios da nacionalidade, os impasses da colonização em condições mercantilistas e imperialistas, a derrocada final do esclerosado domínio colonial de longeva anamnese, bem como a figuração dos ciclos totalitários e opressivos que assinalaram a última centúria. Sendo assim, a obra do escritor-nobel José Saramago (1922-2010) não fica indiferente à necessidade, à possibilidade, e mesmo à inevitabilidade, de representação ficcional do período autocrático e reacionário que dominou o país ibérico cooptado pelo salazarismo, no conhecido andamento de ascensão, consolidação e deterioração. Por conseguinte, nosso objetivo nesta comunicação é considerar criticamente o livro O ano da morte de Ricardo Reis (1984) como romance de extração histórica que problematiza a experiência e o legado do autoritarismo lusíada e seus reflexos na conformação ontológica do pós-25 de abril de 1974, em Portugal, em razão dos 50 anos da Revolução dos Cravos, dando a ver tanto a nação que se foi, entre a tirania e a sublevação, quanto a nação que emergiu, entre a revolução e a redemocratização, o que leva em conta a permanente disputa pelos rumos do movimento civilizatório da vida cotidiana no momento presente e a volatilidade da reminiscência constitutiva das eras passadas, e ainda, da necessidade de permanente vigilância e defesa da democracia em ocasiões de avanço da ultradireita em tempos hodiernos e/ou longínquos.

Prof. Doutor Edvaldo A. Bergamo 

Data e horário: Dia 16 de Julho às 19h30 (horário de Brasília) - ONLINE

Breve currículo: Edvaldo A. Bergamo é Professor Associado da Universidade de Brasília (UnB). Realizou Pós-Doutorado na Universidade de Lisboa (UL) e na Universidade de Perugia (UNIPG). Possui Graduação, Mestrado e Doutorado em Letras pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Tem atuado na linha de pesquisa de Crítica Literária Dialética do Programa de Pós-Graduação em Literatura (UnB), investigando principalmente os seguintes temas: romance histórico; romance e autoritarismo; romance e descolonização. Em âmbito nacional e internacional, tem publicado artigos e capítulos de livro, organizado coletâneas de ensaios, preparado eventos, bem como orientado estudantes de Trabalho de Conclusão de Curso, Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado.


Resumo: Consideramos José Saramago um gigante da literatura portuguesa dos séculos XX e XXI. Não só porque escreveu e disse muito, mas, porque deixou-nos um legado poético singular. Tanto em suas grandes narrativas quanto nas mais curtas, as crônicas, percebemos um olhar apurado em relação ao ser humano, à sua História, memória, e às suas ações políticas, econômicas, sociais, bem como às suas crenças, percepção essa que culmina na autoanálise do próprio artista, uma vez que também faz parte da humanidade. O José, escritor crítico e irônico, por estar diante de um universo em desconcerto, também é personagem inquieto e leitor atento: de si e do mundo ao seu redor.

Profa. Dra. Tércia Costa Valverde

Data e horário: Dia 17 de Julho às 09 horas (horário de Brasília) - ONLINE

Breve currículo: Possui graduação em Licenciatura Em Letras Com Inglês pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2002), Mestrado Em Literatura E Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2006) e Doutorado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (2012), com período sanduíche na Universidade de Coimbra (2010). Atualmente é professora Titular B da Universidade Estadual de Feira de Santana- UEFS, no Departamento de Letras e Artes- DLA e Membro Colegiado do PROGEL- Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários, na UEFS. Coordena o Grupo de Estudos Antunianos e o Projeto de Pesquisa intitulado "A Ironia e o Grotesco na obra Antuniana como ferramentas de desconstrução social" Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: desconstrução--Lobo Antunes- História de Portugal e grotesco- crise do sujeito pós-moderno. É autora dos livros intitulados "Ensaios: teoria e crítica literária" (2014) e "A desconstrução da História de Portugal em As naus, de Lobo Antunes" (2017). Atuou como coordenadora da Área de Literatura do Departamento de Letras e Artes - DLA-UEFS, de setembro de 2015 a setembro de 2017. Recentemente, em 2019, realizou o Projeto de Pós-Doutorado intitulado "A Ironia e o Grotesco como processos estéticos de crítica social em crônicas de Lobo Antunes", na Universidade de Lisboa- ULisboa, entre março e dezembro. Em 2022, organizou e coordenou o "I Seminário Internacional António Lobo Antunes", de forma remota, Canal YOUTUBE do PROGEL. Também organizou, com Thaíla Cabral, a coletânea de artigos sobre Lobo Antunes intitulada "O canto do lobo: reflexões sobre a obra de António Lobo Antunes". UEFS Editora, 2022. Desde 2018, é representante da Área de Literatura no Colegiado de Letras com Espanhol. Membro do Conselho Editorial da UEFS Editora.


Resumo: No romance O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), o motivo do labirinto encontra-se presente em vários níveis: do ponto de vista topográfico, através da imagem da cidade de Lisboa, espaço cinzento que simboliza tanto a consciência das personagens como o contexto político da época. Do ponto de vista literário, e como corolário do anterior, através da figura de Ricardo Reis, personificação de uma busca identitária que tem como pontos de referência os monumentos camonianos da cidade (o Adamastor, a estátua da Praça Camões…). Nesta apresentação, percorrer-se-ão os múltiplos labirintos presentes no enredo, no intuito de salientar as relações entre facto e ficção que Saramago quis evidenciar nesta fábula pessoana sobre o desassossego de uma nação.

Prof. Dr. Felipe Cammaert

Data e horário: Dia 17 de Julho às 09 horas (horário de Brasília) - ONLINE

Breve currículo: é Investigador do Centro de Línguas, Literaturas e Culturas da Universidade de Aveiro (CLLC/DLC, UA), onde integra o grupo de pesquisa Itinerâncias: Memórias, Imagens, Transfers. É Doutor em Estudos Românicos e Literatura Comparada pela Universidade Paris-Nanterre, com uma tese sobre as representações da memória na literatura, publicada sob o título L'écriture de la mémoire dans l'œuvre d'António Lobo Antunes et de Claude Simon (Paris, L'Harmattan). Foi investigador em pós-doutoramento no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2018-2021) e na Biblioteca Nacional da Colômbia (2015-2016), entre outros. Tem sido docente nas Universidades de Picardie (França), Los Andes (Colômbia) e Lisboa e Aveiro (Portugal). É tradutor literário do francês e do português de autores contemporâneos para a América Latina. Em 2022, a sua tradução de Um Bailarino na Batalha (Un bailarín en la batalla) de Hélia Correia, foi publicada pela editora Fondo de Cultura Económica, em Bogotá. Publicou recentemente, além de outros artigos científicos, o volume Passados Reapropriados: Pós-memória e Literatura (Afrontamento, 2022).

Página no CLLC: https://www.ua.pt/pt/cllc/page/53428


Resumo: A literatura é fonte de reflexão sobre os problemas que devastam a humanidade e estão explícitos em obras literárias, como: Decamerão de Giovanni Boccaccio, A máscara da morte vermelha de Edgar Allan Poe, A Peste de Albert Camus e O ensaio sobre a cegueira de José Saramago servindo como fonte de discussão a respeito de epidemias e os problemas ocasionados por elas, seja na saúde, nas relações pessoais, nos sentimentos, dentre outros e estendendo-se aos desastres naturais. A obra Saramaguiana, o ensaio sobre a cegueira nos faz refletir sobre a cegueira que assola a população brasileira em relação a COVID-19 e aos desastres naturais previstos por cientistas e pela ciência, mas que políticos e a população preferem não ver.

É uma discussão que procura relacionar a cegueira como metáfora da (des)umanização, do medo que cega as pessoas nas relações pessoais numa época de pandemia, nos direitos violados previstos na obra de Saramago relacionados com a COVID-19 e desastres naturais com enchentes e a seca que assolam o Brasil.

Profa. Dra. Rosália Maria Carvalho Mourão 

Data e horário: Dia 17 de Julho às 19 horas (horário de Brasília) - ONLINE

Breve currículo: Doutorado em Ciências Criminais PUCRS. Mestre em Letras (UFPI). Especialista em Literatura Brasileira (UESPI). Especialização em Curso de Ciências Forenses - Perícia Criminal. (CENSUPEG). Especialização em Direito e Processo do Trabalho (LFG) Graduada em Letras (UFPI). Graduada em Direito (ICF). Lecionou no curso de Letras como professora substituta na UFPI, UESPI e UEMA ministrando disciplinas de Literatura Brasileira, Portuguesa, Infantil. Professora de Literatura do Estado do Piauí. Atualmente é professora do curso de Direito no Centro Universitário Santo Agostinho em Teresina – Piauí ministrando as disciplinas de Direito e Literatura, Direito Civil e Criminologia. Membro e Pesquisadora do NEPEDILL Grupo de Estudos e Pesquisas em Direito e Literatura (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/3087154174160661). Membro e pesquisadora do GESEG – Segurança Pública para a Diversidade. (dgp.cnpq.br/dgp/espelhorh/8019442960641857). Faz parte da comissão organizadora do Seminário Internacional de Ciências Criminais e Literatura (que já está na sua quarta edição). Membro da Rede Brasileira de Direito e Literatura. Autora de diversos artigos na área de pesquisa de Direito e Literatura.


Resumo: O espaço poético da cidade em eterno redimensionamento, permanente fragmentação e metamorfose contínua no espaço/tempo ao longo do Séc. XX e como este se encontra narrada pela Literatura saramaguiana vem a ser o objetivo da presente discussão. Trata-se, portanto, de uma leitura no campo teórico-metodológico das diversas formas assumidas pela cidade, em suas inúmeras escritas e possibilidades de leituras a partir do território da literatura delimitado por José Saramago. Desta feita se faz preciso deter o olhar à história, à sociologia, à filosofia, ao urbanismo e, ainda, compreender a importância da arquitetura sem desconsiderar a cidade em sua condição de arte na condição de construção humana. A ênfase na narrativa literária é imperiosa a partir dos escritos da sociologia das primeiras décadas do Séc. XX, com visão detida às reflexões apresentadas pelos autores da Escola de Frankfurt, em especial Walter Benjamin. Pensar a cidade pelo, e a partir do, universo literário é (re)conhecer o quanto a literatura acompanha, e redesenha, o transformar do espaço citadino ao longo de espaço-tempo em suas considerações históricas-filosóficas-sociológicas-jurídicas e, é claro, literárias. Assim como nos apresentou José Saramago em seus escritos. Delineia-se, assim, a problematização sobre se é possível, ainda, falarmos de cidade enquanto espaço ao exercício do convívio social ou o espaço cidade no espaço/mundo contemporâneo reforça o individualismo eliminando a possibilidade da construção de uma cidadania. Considera-se, ainda, o olhar plural a residir na literatura que permite vislumbrar conexões entre diversos territórios do conhecimento em articulações distintas e a possibilitar, assim, uma análise do objeto de conhecimento posto para além da superfície apresentada. Cidade, cidadão e cidadania aparecem no universo literário de formas distintas e, no entanto, a história, a sociologia, a filosofia e o Direito procuram pensar tais categorias em um único território. A presente conversa é olhar a cidade, o cidadão e a cidadania de forma desterritorializada. A desterritorialização no Direito e Literatura pelas lentes de Saramago para a propositura de um universo filosófico onde o diálogo estejam Direito, Literatura e Arquitetura. Não podemos pensar a Literatura sem os espaços narrados por construtos arquitetônicos e que, tempos depois, o Direito normatiza. O espaço (arquitetônico) da cidade reside no interior dos códigos legais e somente a Literatura nos coloca de volta à poética existente nas ruas das cidades.

Prof. Me. José Flôr Medeiros Júnior

Data e horário: Dia 18 de Julho às 09 horas (horário de Brasília) - ONLINE

Breve currículo: Mestre em Ciências Jurídicas do Programa de Pós-Graduação em Ciências Jurídicas da PPGCJ UFPB. Mestre em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa UNIPÊ ; Graduado em Direito pela FACISA PB (2015). Pós-Graduado em História do Nordeste (UEPB/1996); Graduado em História (UEPB/1994). Lecionou no Curso de História da UEPB entre 1997/98 e 2003/2006 na condição de Prof. Substituto. Lecionou no Curso de Direito da Faculdade Maurício de Nassau Campus Campina Grande PB até janeiro de 2019. Participou do Núcleo de Estudos em Direito Internacional e Direitos Humanos da FACISA - PB no período compreendido entre 2013 - 2015. Membro Pesquisador do NEPEDILL Grupo de Estudos e Pesquisas em Direito e Literatura (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/3087154174160661) ; Membro Pesquisador do Contra Legem: Núcleo de Estudos sobre Epistemologia Jurídica (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/0038998831869053); Membro Pesquisador do Grupo de Estudos de Saberes Ambientais Homenagem a Enrique Leff -Sustentabilidade, Impactos, Racionalidades e Direitos na Linha de Pesquisa Cidadania ambiental latino-americana e desenvolvimento sustentável (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/2637545055336725); Membro do Conselho Técnico-Científico da Editora Amplamente Cursos - https://www.amplamentecursos.com/corpo-editorial; Participou do Grupo de Pesquisa Filosofia do Direito e Pensamento Político na Linha de Pesquisa Filosofia Kantiana do Direito (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/6401692737146440); Membro da Rede Brasileira de Direito e Literatura RDL - https://rdl.org.br/; Membro associado do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito CONPEDI (https://conpedi.org.br). Colunista na Revista Eletrônica Segunda Opinião (https://segundaopiniao.jor.br/ ISSN - 2675-617X/). Membro da ABRAFI Associação Brasileira de Filosofia do Direito e Sociologia do Direito. Autor de livros, capítulos de livros e artigos científicos. Participa, na condição de coautor, de capítulo do livro Direito e Educação: Diálogos luso-brasileiros resultado da Cooperação Acadêmica entre a UFPB e Universidade de Coimbra PT. Palestrante no campo da Filosofia, Filosofia do Direito, Filosofia Política, Teoria do Estado e Cidadania, História do Direito, Literatura, Literatura Clássica, Direito e Literatura, Direito, Literatura e Filosofia, Filosofia e Hermenêutica Jurídica, Direito Constitucional, Direito Ambiental, Ética Geral e Profissional. Aprovado na disciplina, condição de Aluno Especial, Tradição e Modernidade nos Estudos Literários da Área de Concentração Literatura, Teoria e Crítica do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPB.


Resumo: O milenar mito do doppelgänger, a despeito de pequenas distinções, repete-se em sua estrutura entre diferentes povos e nações de épocas várias. A imagem do duplo entrou para o imaginário artístico e popular, tornou-se ferramenta da psicanálise e adentrou na literatura. Dentro da ficção, diversos literatos de destaque trataram dessa figura, de Dostoiévski a Saramago, passando ainda por Poe e Breton. Esta fala irá apontar o processo de reconstrução do mito e de sua absorção pela esfera literária, partindo da abordagem saramaguiana em O homem duplicado. Em seu romance, o escritor português bebe das origens mitológicas para retrabalhar a figura por meio da literariedade, desviando-se da abordagem psicologizante do sósia como projeção de uma mente dividida por distúrbios mentais. Em vez disso, ele explora a paranoia e a obsessão do protagonista após o encontro com um indivíduo idêntico a si, em uma narrativa angustiante que atualiza o elemento central do mito: a destruição da identidade. Com isso, Saramago não apenas revitaliza um mito milenar, mas também oferece uma reflexão crítica sobre a identidade, a individualidade e as complexidades da condição humana no ambiente sociopolítico contemporâneo, estabelecendo um diálogo entre tradições literárias passadas e os desafios da modernidade. Nesse processo, o autor convida o leitor a questionar não apenas a própria identidade, mas também as fronteiras entre realidade e fantasia, entre o eu e o outro.

Prof. Dr. Sergio Schargel

Data e horário: Dia 18 de Julho às 09 horas (horário de Brasília) - ONLINE

Breve currículo: Professor Substituto da Universidade Federal de São João del Rei. Doutorando em Letras pela USP, doutorando em Comunicação pela UERJ. Mestre em Letras pela PUC-Rio, mestre em Ciência Política pela Unirio. Especialista em Literatura Brasileira pela UERJ. Bacharel em Comunicação Social, Jornalismo (com semestre na Hanze University de Groningen, Países Baixos) e Comunicação Social, Publicidade e Propaganda, ambas pela PUC-Rio, bacharel em Letras pela Estácio de Sá. Venceu o Prêmio Abralic de melhor dissertação do biênio 2020-2021, que se transformou no livro O fascismo infinito, no real e na ficção: como a literatura apresentou o fascismo nos últimos cem anos (Bestiário, 2023). Também é autor de Bolsonarismo, Integralismo e Fascismo: diálogos entre Jair Bolsonaro, Plínio Salgado e Mussolini(Folhas de Relva, 2024). Sua pesquisa e produção artística são focadas na relação entre literatura e política, tangenciando temas como teoria política, literatura política, fascismo, extrema direita, judaísmo, antissemitismo e a obra de Sylvia Serafim.


Resumo: O ano de 1993 é sempre tratado à parte na literatura de José Saramago ou como testamento entre dois instantes de organização de sua dicção poética. Repassamos essa determinante ressaltando aspectos temáticos que seriam parte da obra anterior e posterior ao livro de 1975 e privilegiamos no recorte o tema da revolução, demonstrado como um instante de transformação coletiva capaz de romper com o tempo de falibilidade dos processos civilizatórios. Esta matéria encontra amparo na literatura do próprio escritor, no contexto de referência da obra e no estreito diálogo estabelecido com outras criações literárias ― especificamente o conjunto de poemas O ano de 1905, de Boris Pasternak, com o qual 1993 parece estimular laços de mais variada ordem. A leitura aqui proposta se sustenta pelo tratamento interpretativo, crítico e analítico- comparativo. Seu alcance finda por materializar os traços compositivos de um livro que é simultaneamente produto contrário às ideologias de um tempo escuro da história e parábola sobre nossa múltipla natureza, situando-se no intervalo das dicotomias que a define, na sua parcela sensível e primitiva que aspira à liberdade e se eleva contra os modelos de dominação estabelecidos pela própria força humana.

Prof. Dr. Pedro Fernandes de Oliveira Neto

Data e horário: Dia 19 de Julho às 09 horas (horário de Brasília) - PRESENCIAL - AUDITÓRIO 411 - CCHLA - UFPB - CAMPUS I

Breve currículo: Professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Doutor em Estudos da Linguagem com área de concentração em Literatura Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL / UFRN); Mestre em Letras pelo Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN); e Graduado em Letras com habilitação em Língua Portuguesa por esta mesma instituição. Coordena o Grupo Estudos sobre Romance; é membro do Grupo de Estudos Críticos da Literatura (GECLIT). É pesquisador colaborador na Cátedra Internacional José Saramago (sediada na Universidade de Vigo). Foi editor do pequeno jornal Trabuco e atualmente dirige com Miguel Koleff a Revista de Estudos Saramaguianos e, com Cesar Kiraly, a Revista 7faces. É autor de Retratos para a construção do feminino na prosa de José Saramago (ensaio acadêmico, Editora Appris, 2012), Sertanices (poesia, inédito) e do e-book Palavras de pedra e cal (poesia, edição independente). Desde 2018, coordena a Coleção Estudos Saramaguianos com publicações que acrescentam à compreensão e à contínua ampliação das fronteiras do universo literário de José Saramago; por esta coleção, organizou Peças para um ensaio (ensaio acadêmico, Editora Moinhos, 2020). Tem experiência na área de Letras com ênfase em Literatura Comparada, Teoria e Crítica Literárias.


Resumo: Nesta conferência propomos um diálogo com dois grandes pensadores das situações que envolvem a contemporaneidade, o mundo, as pessoas e a literatura: os escritores José Saramago e Ignácio de Loyola Brandão. Com uma abordagem crítica e um perspectiva intertextual e interdiscursiva, buscamos trazer novas reflexões sobre a maneira que esses autores atuaram para construir um mundo mais justo e solidário. Nosso objetivo é proporcionar uma melhor compreensão acerca do papel da literatura como ponte entre o ficcional e o real.

Prof. Dr. Wagner "Merije" Rodrigues de Araújo

Data e horário: Dia 19 de Julho às 10 horas (horário de Brasília) - ONLINE

Breve currículo: Wagner Rodrigues Araújo (também conhecido como Wagner Merije) é Doutor em Letras pela Universidade de Coimbra (Portugal). Atua na área de Humanidades, com ênfase nos Estudos Literários, Culturais e Interartísticos. Também é jornalista, educador, escritor, editor e gestor cultural. É autor de Sol do novo mundo - Fatos e curiosidades sobre a Independência do Brasil e outras guerras e revoluções que impactaram o mundo (2022), Conhece-te a ti mesmo - Pensamentos e práticas à procura de novas primaveras (2021), Astros e Estrelas - Memórias de um jovem jornalista em Londres (2017), Mobimento - Educação e Comunicação Mobile (2012) - finalista do Prêmio Jabuti 2013 na categoria Educação, dentre outros, além de artigos sobre suas áreas de atuação. Editou obras de Fernando Pessoa, Camões, Antero de Quental, Florbela Espanca, Camilo Castelo Branco, Mário de Sá-Carneiro, Camilo Pessanha, Pêro Vaz de Caminha, dentre outras. 

Para mais informações: www.merije.com.br

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